sábado, 7 de fevereiro de 2009

Já se revelam!

Por fim, o homem revela-se. Querem ver?
"A proibição de despedimentos em empresas que obtenham lucros e a proibição de que as empresas que recebem apoios do Estado distribuam lucros pelos seus accionistas são as duas medidas propostas por Francisco Louçã, coordenador da comissão política do Bloco de Esquerda, ao iniciar, hoje ao fim da manhã, a VI Convenção deste partido, que decorre até amanhã, no Pavilhão do Casal Vistoso, em Lisboa. Na sala a ouvir Louçã, estava o líder da CGTP e militante do PCP, Manuel Carvalho da Silva. (...)

“Queremos que sejam proibidos os depedimentos empresas que têm resultados”, anunciou Louçã, depois de lembrar que o desemprego pode chegar aos dez por cento este ano e de criticar atitudes de empresários como a que atribuiu a Américo Amorim que, segundo Louçã, teve “dez milhões de euros de lucro” e pretende despedir 193 trabalhadores “preventivamente”.

Louçã considerou que o país faria “melhor em despedir estes patrões”e defendeu que “o capital nada faz, é o trabalho que faz”, rematando: “Tiveram resultados? Tiveram lucros? Foi o trabalho. É tempo de devolverem.”

Já a segunda medida, a não distribuição de lucros a empresas apoiadas pelo Estado, foi justificada por Louçã com o argumento de que “em anos excepcionais é que é preciso coragem”. Acusando o Governo de ter “a obsessão das privatizações”, o líder do BE marcou a diferença em relação ao seu partido: “Para José Sócrates tudo o que é estratégico deve ser negócio. Para o Bloco tudo o que é comum deve ser público.”

E classificando alguns banqueiros portugueses de “donas Brancas”, defendeu o serviço público bancário, para rejeitar a “nacionalização de prejuizos”. E como conclusão, anunciou: “Não aceitamos que as empresas que recebem beneficios, isenções ou avais do Estado, utilizem dinheiro público para pagar aos seus accionistas.”





Que o Bloco é anticapitalista, tudo bem. Que a Banca e a Bolsa (e as suas grandes especulações ao melhor estilo Madoff) foram culpadas pelo enorme buraco em que metemos, e que deveriam ser castigadas por isso, está correcto. Mas estas medidas que li agora não soam ao pior do chavismo sul-americano?

3 comentários:

Ricardo Batista "Senna" disse...

E falam estes senhores em Liberdade...

Pall Mall disse...

O que me entristece é que há muita gente que está disposta a votar neles, mas mesmo muita!

Ricardo Batista "Senna" disse...

O problema é q constante intoxicação que a comunicação social vai fazendo. Faz-me pensar em "irracionalidade" quando se fala que esta seita terá 10% numas eleições legislativas...