Confesso que nunca fui muito à bola com este dia. Não sobre o significado em si, mas pelo "merchandising" que acarreta. As lojas que pensam conseguir mais uns trocos se comprarem o anel/ramo de flores/vestido/presente para oferecer à namorada ou namorado, os restaurantes capricham os jantares e as ementas românticas e afrodisíacas, para satisfazer os casalinhos apaixonados, hoteis (e agora os moteis) devem estar todos cheios desses casalinhos que decidem expressar o seu amor em todas as posições reais e imaginárias, em todos os cantos do quarto e da casa de banho, etc, etc...
Em suma, tanto pipi só para depois acabar em trocas de fluidos corporais feitos no melhor estilo do Velho Oeste!
Aquilo que não agrada nem é o amor em si, como é obvio, mas sim o mercantilismo a ela associado. Uma data "inventada" (o patrono existe) para que as lojas possam vender mais um bocado, e ainda por cima estamos em época de crise. Para expressar o meu amor pela amada, preciso de tantos pernicoques assim? Não serve um simples "amo-te" e um singelo ramo de flores?
Parece que não. Lá temos de gastar dinheiro no ramo de flores, no jantar romântico, na lingerie preta (ou vermeha) de ligas, perferência sem cueca, o melhor vestido, provavelmente estreado naquele dia, e por fim no hotel (ou motel), onde se fica por dois dias, com direito a pequeno almoço na cama. Centenas de euros para ter sexo de qualidade? E nos outros fins de semana, é queca, não?
Enfim... mas uma data mercantilista. Estas comemorações são como o Natal: perderam a sua piada! E não digo isto por não ter neste momento uma namorada oficial (tenho uma relação cordial com uma pessoa do sexo feminino. E não digo mais), apenas não gosto do significado que ela tem neste momento. É só isso.
1 comentário:
Pois...
Eu acho sempre a desculpa do mercantilismo como uma repressão de alguém que, se calhar, não pode comprar nada porque não tem namorada...
Eu também já pensei assim como tu, maldito mercado pensava eu, que treta esta de dar presentes bradava eu aos céus... Todos os dias devem ser especiais e não é necessário um dia em concreto no ano para assinalar o "amor".
Pois bem.. hoje não penso assim... A sociedade de hoje é feita de rituais... café pela manhã, futebol ao fim de semana, natal a cada dia 25... Sim é comercial, sim é mercantilista, mas ao menos existe um dia para lembrar que alguém é mais importante que o emprego ou que um blog... Infelizmente eu não tenho ainda uma pessoa assim, mas ao percorrer as ruas da cidade no dia 14 penso muitas vezes, quem me dera participar neste dia mercantilista...
cumprimentos
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