Nos primeiros tempos após a formação dos Jogos Olimpicos da Era Moderna, a coisa era tratada, como direi... abaixo de cão. Foi assim em 1900 e 1904, como uma espécie de "artracções laterais" das Feiras Mundiais que se realizaram nesses anos. Foi aí que se viram muitas coisas que envergonham, pelo menos hoje em dia, os actuais mebros do Comité Olimpico Internacional...
Em 1904, os Jogos Olimpicos foram pela primeira vez organizadas nos Estados Unidos, mais concretamente na cidade de St.Louis. Integrado na Exposição Universal desse ano, para comemorar o Centenário da integração do Louisiana nos Estados Unidos, foi um evento mais lateral do que outra coisa. Como ponto alto, decorreu a Maratona dos Jogos Olimpicos. Decorrido em Setembro, sob calor e muito pó, deve ter sido a mais bizarra de sempre da história, porque o primeiro a cortar a meta... fez batota, e o segundo (e verdadeiro vencedor)... dopou-se, e quase morreu disso!
O "batoteiro" era Fred Lorz, que tinha desistido aos seis quilómetros, e tentou voltar ao sítio onde tinha largado as roupas. Para isso, apanhou uma boleia de carro, de cerca de 18 quilómetros, e quando saiu para fora, perto da meta, decidiu correr até lá. Quando o viram, pensavam que era o primeiro a cortar a meta... e foi na onda! Mais tarde descobriram a marosca, e castigaram-no, banindo-o das provas durante um ano (ai, meu Deus, se soubessem o castigo que aplicamos aos dopados...). Mais tarde, ganhou a Maratona de Boston... mas foi a sério!
O "dopado" foi Thomas Hicks. Britânico naturalizado americano, esteve na frente até ao quilómetro 28, altura em que se sentiou mal e parou para descansar. Um dos médicos que o acompanhava, deu-lhe 1 mg. de estricnina misturada com "brandy". Permitiu regressar à corrida, mas não por muito tempo, pois desmaiou de novo, e foi-lhe aplicada outra dose de estricnina. Quando cortou a meta, desmaiou. Mais tarde, afirmou-se que caso tivesse sido aplicada outra dose, teria sido fatal.
Sim, meus amigos, os Jogos Olimpicos têm imensas destas "estórias"...
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