Não passamos do oitenta para o oito, anda lá quase. Perdi a madrugada a olhar para a Naide Gomes, mais porque estava à espera do triatlo, do que estar interessado no saltos dela. Afinal, correu tudo mal.
Mas não foi só mal para ela, porque fez dois nulos e na terceira, ficou com medo de um terceiro, e fez 6.20 metros, um salto de junior. Houve muitos outros que não conseguiram o salto exigido para a qualificação (6,75), e muitas favoritas ficaram pelo caminho. Mas ver a Naide a não conseguir, é absolutamente inexplicável, porque se o primeiro salto fosse válido, era salto para o ouro. Aliás, pela cara dela, via-se que estava em estado de choque.
E agora? Ela tem 28 anos, acho que o seu momento passou. Pode ir para Londres, mas com quase 33 anos, outras surgirão... mas também, nãso é motivo para acabar a carreira. Ainda tem uma chance de ser campeã do Mundo e da Europa, não é?
Pouco tempo depois, o velejador Gustavo Lima tinha a chance da sua vida para conseguir a medalha que ele persegue desde 2000, em Sidney. Foi sexto na Austrália, quinto na Grécia, e pelo meio, conseguiu ser campeão do Mundo. Preparou-se durante três meses em Quingdao, adaptando-se aos ventos fracos da baía, para ver se conseguia alcançar o seu sonho. Quando chegou à ultima regata, depois de uma competição muito equilibrada, era terceiro, com possibilidades reais de chegar à segunda posição.
E no momento decisivo... o vento faltou e acabou em quinto lugar, falhando o bronze por um ponto. Sorte macaca! Mas a culpa não é dele, merecia a medalha mais do que tudo. Mas parece que o destino não quer nada com ele. E agora quer abandonar a competição. Compreende-se, deve ser o homem mais frustrado do mundo, alcançando o lugar mais ingrato do mundo...
Enfim, até prova em contrário, temos o Nelson Évora como nossa última chance para brilhar. Boa sorte para ele.
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