segunda-feira, 30 de junho de 2008

Abel e Natália - O dia seguinte, parte 1


Abel acordou com a claridade a invadir o seu quarto. Reparou que não tinha o lençol a cobrir-lhe o corpo, algo que tinha quase a certeza de o ter colocado sobre os dois na noite anterior. Virou-se, e notava que estava sozinho na cama. Levantou a cabeça e olhou para os lados e não havia sinal de Natália. Olhou para o relógio e notou que passava das nove e meia da manhã. Esfregou os olhos e preparava-se para se levantar, quando viu-a a assomar à porta do quarto. Viu-a e sorriu, e ela retribuiu o sorriso. Notou que ela só tinha vestida uma t-shirt preta, e ficou espantado, por duas razões: porque a t-shirt era dele, e porque ela estava suja, pois na véspera, tinha-a colocado no chão, para a colocar na máquina de lavar.



Natália tinha colocado o seu braço direito na ombreira da porta, fitando-o. o seu corpo inclinado não deixava de notar, para os mais atentos, a silhueta da sua vagina, e tinha um sorriso de contentamento na cara. A t-shirt preta não era uma qualquer. Era a sua favorita, com um seis negro, em homenagem a sua equipa favorita na Formula 1, a Lotus, e o seis representava o numero de um piloto sueco dos anos 70, de seu nome Ronnie Peterson. Abel franziu as sobrancelhas, saltou da cama, nu, e foi ter com ela, abraçando-a longamente.


- Anda, a comer.
- Pequeno-almoço? Não queres antes tomar banho?
- Não. Perfiro ficar assim, com tu cheiro no corpo.
- Ui, temos porquinha, gracejou Abel.
- Senti falta de teu cheiro.
- Também eu, mas logo vai fazer calor, e um bom banho sabe bem. E depois temos tempo para me cheirares e tudo o mais... afirmou, antes de a abraçar e percorrer o corpo dela com as mãos.


À medida que percorria o corpo dela, as mãos dele paravam na cintura, para depois agarrar a t-shirt preta que vestia. Agarrou essa ponta, e começou lentamente a puxá-la para cima, até ao nível dos seus seios. Baixou-se para os seus cumes gémeos, beijando-os primeiro com os lábios, e depois com a língua. Logo a seguir, segurou as coxas dela, para a colocar ao seu colo, mas Natália, que já começava a gemer de prazer, teve um assomo de lucidez, e colocou a palma da mão na cara dele, para o afastar.


- Para, Abel. Vamos comer.
- Então vamos primeiro tomar banho.
- Eu sei para quê queres tomá-lo. Não é só para tirar o suor...


Ela sabia as manhas de Abel. Sabia que uma das coisas que ele mais gostava era de fazer amor no chuveiro, algo que poderia demorar horas e horas. Contudo, nessa manhã, ele estava disposto a conceder nesse capítulo. Foi para a sala, para ir buscar as calças de ganga que lá estavam, e vestiu-as. Depois foi para a cozinha, onde viu a mesa composta para o pequeno-almoço. Viu que estava bem composta: duas chávenas cheias de café com leite, uma jarra com sumo de laranja e dois copos colocados, um púcaro de açucar, as colheres, os guardanapos, e o pão, que por ser de ontem, estava torrado, e a manteiga tinha-se derretido, ficando um liquido amarelo à vista.


Mal se sentou, Abel ouviu o som de água a correr. Estrenhou, e levantou-se núm ápice, até à casa de banho. Lá viu Natália, nua, a tomar um banho de chuveiro, tirando o suro que tinha no corpo. Espantado, exclamou:


- Mas pensava que tu querias tomar o pequeno-almoço.
- Tinhas razão. Primeiro o banho, o resto está listo, é só comer
- Se é então assim, entro contigo.
- Não, porque quieres comer-me no chuveiro
- Não quero nada. Temos o dia todo para isso. Quero é outra coisa... afirmou, depois de tirar as calças e entrar.
- Prometes que no me follas agora?
- Sim, prometo. É só lavar e tomar banho. anda, ajudo-te a lavar as costas.


Assim foi. Enquanto esfregavam as costas um do outro, trocavam beijos e carinhos amorosos durante algum tempo. Depois, limparam-se e foram para a cozinha, enrolados em toalhas, onde tomaram o pequeno-almoço. Após isso, foram vestir roupas confortáveis para o almoço com os amigos, que iria acontecer, de novo, na casa do Marco. Esse almoço seria nos mesmos moldes que a festa de anos do dia anterior, mas com apenas 12 pessoas: Marco e Luisa, Abel e Natália, Javi e Fernanda, Alvaro e Rita, Rui e Penélope, Gilberto e Olivia, que eram os unicos solteiros da turma.


Quando sairam de casa, aproximava-se o meio-dia, e o dia continuava quente, como ontem. Estavam garantidos 35 graus nesse dia, e Abel sabia que o carro não tinha qualquer protecção contra os inclementes raios solares. Portanto, a esta hora, o carro já deveria estar num forno...


Quando entraram no Mini vermelho, o bafo do calor foi sentido imediatamente. Abel ligou a chave e Natália, institivamente, carregou no botão do vidro eléctrico, mas ele reagiu:

- Não faças isso, vou ligar o ar condicionado
- Ah, OK. Desculpa.
- Não faz mal. Ter os vidros abertos não dá em nada.


Abel ligou o ar condicionado no máximo. Demorou alguns minutos, mas o seu efeito foi sentido, enquanto viajavam. Durante esse tempo, ambos aproveitavam cada paragem no caminho para trocarem beijos, e quando isso não acontecia, punham as mãos nas coxas um do outro. Desta vez, ambos tinham vestido mais desportivamente: Abel tinha um polo preto e calças de ganga, diferente das de ontem, enquanto que ela tinha uma camisa branca, onde se via razoavelmente o soutien, e umas calças de ganga, e as mesmas sandálias de ontem.


À medida que se aproximavam da casa de Marco, Abel pensou na reacção dos amigos à chegada deles. Sabia que se assumisse, fariam a festa, mas se mostrassem o contrário, iriam andar a tarde inteira a zumbir nos ouvidos deles. Portanto, quando entrou na rua onde estava o prédio de Marco, nos metros finais, Abel perguntou:


- Como é Natália? Assumimos?
- Si, porque não?
- Bom... afirmou, hesitando por um momento. Que se lixe, até podemos ter direito a coro e tudo... concluiu, com um sorriso maroto.


Apesar de ambos estarem no pico da paixão, Abel sabia que aquilo era um momento, num fim de semana. Ele já se preocupava com o que vinha a seguir, na Segunda-feira, depois dela ir para o aeroporto, no vôo de regresso para Madrid. Ele ainda não sabia das razões pelos quais ela tinha largado uma pessoa e viesse a correr para os braços do seu ex-namorado, como se nada tivesse acontecido nos mais de quatro anos desde que eles tinham acabado o namoro. E ainda não tinham discutido a razão pelo qual ela tinha decido dar rumo da sua carreira profissional na Sildávia...


Mas agora, queria ver como eles seriam recebidos em casa da Marco. Deram as mãos e entraram no predio. Quando chegaram, estavam Marco e Luisa, Javier, Olivia, Gilberto, Rui, Penélope e Fernanda. Só faltavam Alvaro e Rita, mas estes já estavam a caminho. Quando chegaram ao andar, viram a porta de casa aberta, e resolveram espreitar. Mas mal puseram os pés fora do elevador, levaram um susto:


- SURPRESA!!!!


Ambos deram o seu grito, e institivamente, Natália agarrou-se a Abel. Marco, Javi e Gilberto estavam escondidos, dispostos a pregar um susto ao casal, algo que conseguiram. As gargalhadas vieram a seguir, por parte dos machos da zona.

- Aposto que vocês não estavam à espera disto, pois não? perguntou Marco
- O susto das vossas vidas, não?, ria Gilberto
- Muy bueno, muy bueno, finalizava Javier.
- Vocês não batem muito bem da bola, pois não?
- Nós já tinhamos topado desde lá em baixo, afirmou Marco
- Ah é? E a emboscada planeada. Engraçadinhos... depois mando-te a conta do hospital, tá bom? afirmou Abel, com as mãos nas coxas e a cara em baixo, para se refazer do susto.
- E agora tou a reparar... começou Gilberto
- O quê?
- Vocês voltaram, não?
- Não sei, o que achas? desafiou Abel
- Acho que vocês voltaram, hehe! sorriu Marco
- Opá, não sei, não sei, afirmou Abel, enquanto entravam dentro de casa. Lá dentro, a curiosidade foi cescendo, à medida que ambos cumprimentavam os elementos femininos. Passado menos de um minuto, todos faziam um circulo à volta deles, perguntando insistentmente:


- E então?
- Então o quê?
- Vocês voltaram ou não?
- Conta lá, conta, diziam quase em coro.


Certos que já tinham captado a atenção dos outros, e a expectativa na sala crescia imensuravelmente, Abel olhou para Natália, e ambos tinham um sorriso cúmplice. Imediatamente a seguir, ele pega na cintura dela, encontam-se e soltam um belo beijo cinematográfico, e a sala veio abaixo com os aplausos e os gritos de alegria.


(continua amanhã)

4 comentários:

maryposa disse...

este capitulo está a enrolar muito, grrr... :P
mas a natália pira-se ou n?

n kerendo estragar a veia criativa nem nada, perde a piada se ela ficar na sildávia, lol

xeira-m q a natália tem um plano maquiavélico qqr... hmmmmmmm

Pall Mall disse...

Mary:


Com calma, saberás do resto da história. Dura três dias, e ainda estamos no Sábado à hora do almoço...


Descansa que ela não fica, volta para Madrid na Segunda-feira de manhã... LOL! Garanto-te que o próximo capítulo terá a sua piada.
Beijo!


P.S: Essa é mesmo uma foto tua? É que és gira.

maryposa disse...

tão??? tava a contar com mais um capitulo hoje e nepias de natalia e abel... tss tss tss :P

PS: sim, é minha... obrigada :)

Pall Mall disse...

Já há novo capítulo, Mary. Como gosto de escrever à noite, só consigo publicar a altas horas... se quiseres sugerir algo para o próximo capítulo, sou todo ouvidos!