domingo, 22 de junho de 2008

Abel e Natália - Parte 6

(continuação do episódio anterior)


Abel pensava nos seus botões sobre a maneira como Natália reentrou na sua vida. É um facto que por vezes, as coisas podem ser exasperadamente lentas, outras vezes, as coisas acontecem no momento de relâmpago. Deitado na cama, de mãos atrás na cabeça, os seus pensamentos eram invadidos com ese típo de dúvidas. Mas ele teve que os arredar para um canto quando a viu regressar da casa de banho. Deitou-se ao lado dele, e viu-o a sorrir. Beijaram-se e ela disse:

- Queres mais, cariño?
- Atão não? Vamos gozar a noite enquanto pudermos, disse.


Natália deitouse no seu lado, e Abel pôs-se em cima dela. A sua boca soltava um sorriso, enquanto ele a beijava no pescoço. Depois de se demorar por lá, passando os cantos com a lingua, voltou a beijá-la nos seios, dando ligeiras dentadas nos mamilos, enquanto não as chupava com a boca. Aí demorou por algum tempo, até se delocar para o umbigo, onde o varreu com a lingua durante algum tempo. Depois, foi a vez dos lábios vaginais, onde não fez mais nada senão os lamber e brincar com o clitóris. Ela, como da outra vez, retorcia-se na almofada, quase afundando a cara nela, no seu transe de excitação.


Pouco depois, Abel voltava à cara dela, para a beijar. Abraçaram-se logo a seguir, e ele penetrou-a, de modo gentil, mas de modo a fazer sentir a sua presença dentro dela. Quando isso aconteceu, esboçou um largo sorriso, e disse, quase em sussuro: "Te quiero, te quiero mucho. Perdona-me."


- Porquê? perguntou Abel.
- Por no te ter dito nadie.
- Acerca de quê? Tinhas namorado...
- Si, es verdad. Depois te conto.
- O quê?
- Porque acabei com ele. No es solo por ter otra.
- Tá bem. Mas agora, gozemos o momento, tá bem?
- Si cariño. Folla-me toda
- Como nos velhos tempos?
- Oooohhh siiii...



Abraçaram-se e começaram a manobra de acasalamento. Primeiro lentamente, e depois mais rapidamente, em movimentos repetidos, Abel a penetrava com convicção e prazer. Os seus lábios se colavam primeiro, mas depois começaram a sincronizar a respiração, e a abrir as bocas para fazer brincadeiras com as suas linguas. Com o passar do tempo, e com o ritmo da penetração a aumentar, as respirações tornaram-se mais ofegantes, e o sexo chegava a um topo. Natália estava em excitação, e a cada vez que entrava, os gritos eram cada vez mais altos e mais fortes. O orgasmo era real, e ele também entrava no jogo.

Depois do pico, o ritmo abrandou um pouco, tempo para ambos trocarem de posição. Abel não se tinha vindo, e ela pôs-se de quatro na cama, com Abel por detrás. Pediu ajuda a ela para colocasse o pau duro de novo dentro da buceta, e a penetrou por detrás. Desta vez, neste "doggy style", era ele que gozava o facto de ele a fornicar "à canzana" como dizem os expertos, onde ambos tinham o mesmo grau de excitação, mas sem ser cara a cara. Ao fim de pouco tempo, voltavam ao guião original: a cadência a aumentar, os gritos dela a aumentar, mas havia uma variação no programa. Ele nem se lembrava, mas foi Natália que afirmou:

- Não me bates nel culo?
- Queres?
- Sim, quero.

Logo a seguir, Abel deu uma palmada na nádega esquerda de Natália. Foi fraquinho, mas logo a seguir, fez questão de dar palmadas na mesma cadência que penetrava o seu pénis mais fundo nela. E as palavras surgiam no momento.


- Gostas?
- Si, gosto de ser tu puta.
- E gostas que te coma por trás?
- Oh siiim, respondia, com evidente excitação
- E queres que te enrabe?
- Si, en mi culo.
- Como queiras, garota.

Logo a seguir, quase sem dar tempo para a preparar, tirou o pénis da vagina e a enfiou no outro buraco. Como era uma zona previamente lubrificada, a penetração não foi muito difícil, mas como era mais pequeno, Natália não evitou dar um grito ainda mais forte. E no momento em que se seguiu, apesar do ritmo ser um pouco mais irregular, os gritos foram mais fortes. Foi assim por um tempo que se encarregaram de não o contar, mas foi algum.

Quando Abel sentiu que estava quase a se vir, perguntou:


- Onde queres que eu me venha?
- Não sei.
- Então vira-te, que vai ser nas tuas tetas.


Tirou-o para fora, e esfregou-o na não. Ela se deitou, e disse para se aproximar-se dos seios dela. Agarrou-as, e queria fazer a "espanholada". Mas Abel disse que não, queria-as abençoadas com o seu líquido. Quando quis reagir, ele não a deixou, pois já estava a entrar em transe, e o esperma já jorrava entre os seios dela. Natália sorriu, e quando terminou, ela ainda teve a desfaçatez de o recolher com os dedos e metê-los na boca, qual rapariga a saborear o "chantilly". Logo a seguir, beijaram-se e ela foi mais uma vez, para a casa de banho.

Abel estava desta vez com um sorriso rasgado. Tinha consciência de que agora, vivia uma noite que tanto desejava há muito, pelo menos com ela. Mas cedo assaltaram as dúvidas acerca da curta conversa que tinham tido, entre duas fodas. Olhou para o despertador, e viu que eram três da manhã. Sentia-se cansado e com algum sono, então ajeitou a almofada e começou lentamente a adormecer. Natália, entretanto, voltara da casa de banho, e beijou-o nos lábios. Deitou-se a seu lado, virado para ele, e ambos sorriram. Depois reparou que ela tinha um brilho nos olhos, e não deixava de notar numa lágrima furtiva. Abel ficou intrigado e perguntou:

- Porque choras?
- Porque nunca te devia ter abandonado.
- Então? Tu tinhas os teus compromissos. Seguiste aquilo que querias.
- Pero nunca te olvidei.
- Então garota. Também eu, mas não é motivo para chorar.
- Eu sei. Pero foste o melhor de todos, disse, enquanto se sentava na cama para enxugar as lágrimas.

Logo a seguir entrou em choro compulsivo. Abel sentou-se e abraçou-a, enquanto colocava a cara dela no seu peito. O choro continuou durante algum tempo, até se acalmar. Depois, ela disse o seguinte:


- Quero casar contigo e ter um filho teu. Porque tu nunca me cambiaste por hombres ou me obrigaste a follar con mujeres.


Abel ficou um pouco surpeso. Provavelmente, muitas das dúvidas que tinha na cabeça foram esclarecidas. Mas essa frase, se disse muita coisa, não tinha dito tudo. Tinha que saber mais, mas aquela não era a hora, nem o momento. Agora, era o momento de repouso, depois de uma noite de sexo puro e duro. Olhou para ela e disse:


- Anda, vamos dormir, tá bem?
- Sim, acenou com a cabeça.
- Amo-te muito, tá bem, afirmou, dando-lhe um beijo nos lábios.

Ela sorriu, enxugou as lágrimas, e voltaram a deitar-se, com as faces viradas um para o outro. Ele passou delicadamente a mão pelos cabelos arruivados e pelos lábios dela. Deu-lhe um beijo na testa e ficaram a olhar um para o outro, até adormecerem.


(continua)

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