sexta-feira, 20 de junho de 2008

Abel e Natália - Parte 4

(continuação do capitulo anterior)



Mal sairam do prédio, sentiram ainda o bafo de ar quente que se fazia sentir na rua. Apesar da noite já ter caido há muito, o ar não dava sinais de querer arrefecer, mantendo até as vestimentas coladas ao corpo, apesar de naquele momento nem tivessem a suar. Para melhorar as coisas, era noite de Lua cheia, ou seja, a noite era mais iluminada do que o normal, num céu sem nuvens. Abel até gostava disso, e Natália deu-lhe a mão e encostou-se a ele. No momento a seguir, ele coloca a sua mão direita na cintura, mas ela imeditatamente pegou-a e a colocou em cima da sua nádega direita, a indicar com este gesto aquilo que mais desejava naquele momento. Para realçar isso, ela colocou a sua mão esquerda no bolso de trás das calças, e apalpando a nádega esquerda de Abel. Caminharam uns metros na rua, até que ele chegaram ao seu Mini vermelho. Deslargaram-se por um momento, tirou a chave no bolso e abriu o carro, entrando de seguida. Quando ele liga a ignição do seu carro, nota uma mão por cima das suas calças, abringo a braguilha. Sorriu e disse:


- Eu não moro longe daqui. É só mais cinco minutos.
- Eu não quero cinco minutos. Quiero agora.
- Tá muita luz para fazermos isso. Se estivessemos numa garagem, faziamos.
- Pero te quiero! implorou Natália, desejosa para consumar o acto.
- Tudo a seu tempo. Se esperei quatro anos para isto, acho que cinco minutos mais não fazem mal a ninguém, não achas? perguntou Abel.
- Pienso que si, respondeu uma Natália aparentemente conformada.


Abel ligou o carro e partiram dali. Nos cinco minutos que passaram entre a casa de Marco e a sua casa, a uma velocidade regular, ambos passaram as mãos pelas pernas, mostrando o amor recuperado, e o desejo a subir pelos poros. Eles não repararam que o rádio do carro estava ligado, com um CD de musica que ele tinha metido quando se fartava das rádios "pastilha elástica", que puluavam, exceptuando a Rádio Sildávia 3, a equivalente à BBC 4, ou a Radio Finisterra, a rádio perferida de todos os que escapavam das tais "radios pastilha elástica", como a 100 FM ou Radio Coburgo Mais.


Abel pensava que não haveria obstáculos até a casa. Mas de repente, viu um sinal vermelho a meio de uma das avenidas principais. E teve que parar. No instante em que parou, viu Natália na sua direcção, qual fera ao ataque. Tinha tirado o cinto de segurança, e quase trepava em Abel, num beijo prolongado e louco. Natália disse:


- Eu conheço este som. São quem?
- Foo Fighters.
- Ah, um dos teus favoritos. Pero ellos no cantam assim.
- Pois não. É um álbum acústico ao vivo, chamado "Skin and Bones"
- Muy bueno. Me gusta esta musica, qual é?
- Nâo sei bem.
- Porque?
- Comprei o CD esta semana e é a primeira vez que estou a ouvir.
- Porque solo ahora?
- Não tive tempo, andei a corrigir exames.
- Oh... desculpa, disse com voz caridosa. Te compenso com a melhor folla da vida.
- Acredito, ahah... sorriu Abel.



Logo a seguir, voltaram a beijar-se, indiferente ao sinal que já tinha passado para verde, e iria voltar em breve a vernmelho. No momento que voltaram a beijar intensamente, o CD passava a segunda musica do álbum, "Over and Out". Provavelmente, o contador deveria ter voltado a zero quando ele ligou o carro...



Beijaram-se até a musica acabar. Depois, Abel verificou que o sinal tinha voltado ao vermelho, e iriam ter mais um compasso de espera. A sorte que não se via ninguém na rua a circular a aquela hora, apesar de ser uma da manhã. Mas aquela zona não ficava na direcção dos bares da zona portuária, portanto, o movimento seria menor. Natália colocou o cinto e quando o verde apareceu, arrancou rumo a casa e à concretização das maiores as maiores aspirações daqueles dois seres naquela quente noite de Junho. Curiosamente, "Over and Out", para além de originalmente fazer parte do Disco 2 do álbum "In Your Honor", a sua fala de um amor desejado mas distante...


Pouco tempo depois, o carro parou num prédio relativamente antigo, de azulejos verdes-oliva. Apesar da sua antiguidade, tinha ares de ter sido pintado de fresco há pouco tempo, com azulejos novos e nova pintura, rejuvenescendo a sua idade, que tinha cara de ter sido feito há 40 anos. Abel Abriu a porta, de mão dada com Natália. Quando entraram, ele lembrou-se que a mala estava dentro do carro dela. Caminhou para lá, mas um movimento brusco o impediu:


- Deixa lá. Para aquilo que faremos, não preciso da mala para nada.
- Mas tenho que busca-la na mesma.
- Porquê?
- Já deixei uma mala no carro, não neste, mas no mais antigo, e no dia seguinte acordei com o vidro partido e sem ela. A sorte era que só tinha papéis e o ladrão depois colocou à minha porta no dia seguinte. Parecia que me conhecia onde morava...
- Mas foi há muito tempo?
- Há ano e meio. Desde então não tenho tido nada, mas agora tenho este carro e todo o cuidado é pouco.
- Pues... despacha-te. Fico a segurar o elevador.



Abel saiu e abriu de novo o carro. Retiriu a mala e voltou apressadamente para dentro do prédio, caminhando em direcção da luz emenada pelo elevador. A porta estava aberta, presa no seu lugar pela perna de Natália, que a exibia, qual desafio lúbrico, a Abel. Quando segurou a porta, e virou para dentro, ficou espantado com a visão: Natália segurava com a ponta dos seus dedos o vestido que tinha posto e mostrava-se tal qual se tinha vindo ao mundo, qual tesouro no final do arco-iris. Abel sorriu perante tal visão, pousou a mala no chão do elevador e abraçou-a de encontro à parede, beijoando-a longamente. Depois de a beijar nos lábios, percorreu o pescoço, e as orelhas, brincando com a sua sua lingua os lóbulos das orelhas de Natália. Esta sussurou ao ouvido, em castelhano:


- Te quiero, te quiero, folla-me, folla-me. Quiero tu polla dentro de mi, quero que vengas en mi boca.


Abel estava prestes a tirar o seu membro das calças, mas hesitou por um momento, e antes, decidiu baixar-se, pois tinha reparado ela estava com uma das pernas apoiada na coluna do elevador, deixando-as abertas. Vendo o Santo Graal de coração flamejante tatuado, Abel não hesitou em ir até lá com a sua lingua, provocando os primeiros gemidos da noite em Natália. No mesmo instante que o cunnilingus começou, a luz do elevador apagou-se, e Abel achou que era altura de carregar no botão e rumar para a porta de casa. Elevou-se, beijou-a longamente, agarrando as suas mãos nas nadegas dela, e continuaram assim até o elevador parar. Ele avançou para abrir a porta de casa, enquanto que ela esperava para que abrisse a luz e pousasse a mala. Estranhando o facto dela ter ficado para trás, pensou que ela tivesse colocado o vestido creme estampado a tijolo e vários tons de castanho. Mas afinal, quando ela abriu o elevador, simplesmente começou a andar, lenta e lânguidamente, para dentro de casa, no sentido de despertar ainda mais a líbido do seu companheiro reencontrado, e prestes a retomar algo que tinha deixado muito tempo antes, esperando que fosse tão bom, ou ainda melhor do que nas experiências anteriores.


Abel sorriu abertamente perante tal passagem e paisagem. Natália também sorriu com a figura que tinha feito, um interludio no turbilhão que vinha a seguir. Ele fechou a porta e viu-a sentar-se no sofá de pele preta, fresca com o contacto com a outra pele, desta vez branca. Recostou-se numa das pontas, abriu as pernas e estendeu os braços, chamando-o:


- Venga, cariño. Te esperei mucho para este momento.


Abel nem hesitou, e lentamente se chegou ao pé dela. Beijou-a de novo de cedo começou a percorrer outras partes do corpo: o pescoço, o peito, beijou e chupou longamente os seios, quer com os lábios, quer depois com a lingua, fazendo-a com que soltasse os primeiros gemidos de prazer. Logo a seguir, ele rumou para a vagina tatuada de Natália, começando primeiro por colocar a sua mão direita sobre a zona, afastando os lábios com o seu dedo indicador e médio, deixando exposta o seu seu clitoris. No momento seguinte, colocou a sua lingua no sitio, fazendo cócegas naquela zona. Tais gestos tinham feito Natália entrar em êxtase, arqueando-se com a cabeça fora do sofá, para baixo, fazendo correr o sangue para a sua cabeça, ao mesmo tempo que colocava uma das suas mãos nos seios, apertando-os com força. Agora os gemidos transformaram-se em gritos ofegantes, que entrecortavam com palavras como "oh si, si", "te quiero, no pares". Durante não sei quantos minutos, Abel continuou a lamber e a brincar com o clitoris de Natália, fazendo-a vir-se, até que ele parasse, pois já lhe doia a lingua com tanto movimento que estava a ter naquele momento. Ele estava a fazer o seu trabalho, mas apenas era uma parte de uma grande obra.



(continua amanhã)

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