Não costumo exprimir regularmente os meus sentimentos. Pelo menos não de forma tão explícita como agora. Mas acerca do amor, nunca fui pessoa de dizer o que penso, pois acho que com isso não se brinca, e não desejo nem quero ficar magoado. Digo isto porque das vezes que apaixonei-me por alguém, desviou a atenção dos meus objectivos, e quando oiço demasiados "nãos" na vida, como já ouvi, deixa-me deprimido, e a minha energia para as outras coisas prioritárias na vida desvanece-se, e para recuperá-las é o cabo dos trabalhos.
Agora, no preciso momento em que profissionalmente me preparo para atirar de cabeça para um projecto profisssional excitante, eis que surge algo de interesse no horizonte. Não quero revelar quem é, ainda, porque a "outra parte" não sabe. E nem sei, nem quero imaginar como iria reagir a tal coisa.
Mas, deparo-me com a seguinte situação: se conheces alguém que tem os mesmos gostos do que tu, que gosta de muitas das musicas que tu gostas, que tem certos sentimentos identicos aos teus, que tem o mesmo estilo de preserverança como tu, e for de um sexo diferente do teu, que tipo de pessoa que achas que é? Tenho medo de dizer tal palavra, pois acho que com a idade que tenho, já passou a idade da paixão juvenil. Quero é sopas e descanso...
Mas depois lembrei-me que o ser humano precisa sempre de um motivo para viver. Acho que isso se chama esperança. E bem lá no fundo, ainda tenho a esperança de encontrar "o grande amor". E quando descobres que provavelmente, o grande amor poderá vir de um lado inesperado, mais espantado fico ainda. Em resumo, a minha carapaça exterior esconde um velho romântico! Diabos... o Cupido, esse bastardo, decidiu pregar a partida a um jovem adulto,com quase 33 anos de idade. Isso não se faz, mas parece que ele deve ser surdo!
6 comentários:
Meu menino
Não me digas que ias arrumar as chuteiras aos 33!
Eu ia dizer-te para não desencorajares com os "nãos", mas sou a pessoa errada para isso: sofro intensamente com eles. Estou, aliás, a tentar não me ir abaixo com um quase certo não!
Mas uma coisa é certa: se não tentares, não vais a lado nenhum. E quando é bom, como sabes, é mesmo muito bom!
O pior, cara Aboborinha, é que:
- nunca a vi de carne e osso
- é muito mais nova do que eu
- e está num pais estrangeiro
Estou a gostar dela a cada dia que passa, e isso incomoda, porque devia ter cabeça para outras coisas que não isto...
E fracassos + relaçoes só de queca, já tenho o contador cheio!
Menino
Isso já é mais complicado! Não recomendo relações à distância, porque já as tive (foram a maioria)... mas conhecendo a pessoa. Recomendo-te seriamente que desistas (falo com alguma experiência), mas é inteiramente contigo. Há também a opção de te atirares de cabeça e aguentar ou o êxito ou o fracasso (espero é que ela não tenha mau hálito, senão é um bocado uma desilusão). Mas isso é decisão tua.
Também não te recomendo que desistas. Mas eu já cheguei ao ponto de querer desistir. Felizmente o destino encarregou-se de me fazer ver que eu estava a ser parva. Aconteceu e curiosamente a coisa até correu mal (muito mesmo... duas vezes!)!
Mas estou a chegar a uma encruzilhada que terei que resolver. E a decisão será irreversível e terá consequências para o resto da minha vida. Estou assustada, mas não tenho fuga possível, porque ambas as opções são em si decisões.
Em todo o caso, tanto tu como eu somos novos demais para desistir e desanimar com todas as adversidades da vida. Daqui a 10 anos, quando eu tiver 44 e tu 43, também seremos novos demais. E daí a 10 anos o mesmo. Com a vantagem que entretanto, apesar de de 10 e 20 anos mais velhos, teremos ganho a percepção de que a vida está cheia de obstáculos que se ultrapassam (quer de frente quer por fuga).
Mas nunca se desiste, meu menino. Nunca mesmo! Isso não é viver, é só sobreviver! Tu desistes no trabalho? Não, porque senão não te pagam. No amor é o mesmo...
(desculpa o testamento)
Quanto ao testamento... estás desculpada.
Em relação ao resto... tentando entender alguma coisa da confusão que está ali escrito, vou fazer assim: "go with the flow". Ou seja, vou ver como as modas param. Se não der certo, tenho com que me distrair. Se der, é mais um capitulo da minha vida que se abre.
Mas tenho de primeiro conhecer em pessoa tal menina. E isso significa viajar de avião. É um pulinho, mas pode ser um pulo muito importante na vida...
Força. E boa sorte!
Caríssimo,
Aos 23, aos 33, aos 43 e por aí fora, é sempre possivel uma nova paixão. Apaixonar é bom, faz bem ao coração, deixa-nos mais atentos e de bem com a vida.
Se além disso tudo, ainda consideras ter vários pontos em comum com a pessoa em causa, mto melhor.
Quanto à distância, tenho uma neste momento. Não é fácil, admito. é preciso confiança, segurança e todos esses sentimentos adultos que por vezes se substituem pelo puro e simples ciume.
mas, mais importante q tudo isso, é a sensação de que se está a construir algo, que se fazem planos e se estabelecem metas.
por isso meu menino, se axas q vale a pena, se o teu coraçãozinho bate acelarado e voltast a sentir borboletas no estômago... n desistas, pf
Enviar um comentário