terça-feira, 10 de março de 2009

Para agitar as águas...

As coisas ficaram calmas na Irlanda do Norte, depois do Acordo da Sexta-Feira Santa, mas as tensões sempre foram latentes, principalmente desde há alguns meses, quando grupos mais extremistas, como o IRA Verdadeiro, estavam a reunir armas e operacionais para colocar as coisas "tal como eram antes". E desde Sábado, dois soldados e um policia foram abatidos por elementos do IRA Verdadeiro.

O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, garantiu pouco após o ataque da Sábado que a Irlanda do Norte "não voltará" aos erros do passado. "Não permitiremos que destruam ou abalem o processo político", adiantou. Os habitantes da Irlanda do Norte "não querem um regresso ao tempo em que as armas de reinavam nas ruas".


Há 10 anos que não era assassinado um polícia na Irlanda do Norte, e os recentes episódios fazem aumentar a tensão e o receio de violência. O IRA abandonou a luta armada em 2005, mas o grupo dissidente IRA Verdadeiro, que resultou de uma cisão do IRA, em 1997, continua a opor-se ao domínio britânico, e foi autor de um dos mais sangrentos atentados do conflito, na localidade de Omagh, onde em 1998 morreram 29 pessoas. A violência na Irlanda do Norte causou desde o final dos anos 60 até ao acordo de paz assinado em 1998, cerca de 3600 mortos.

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