O MEC deve ter sido um dos meus heróis da juventude, quando lia o Independente, com o Paulo Portas a seu lado. Juntos ajudaram a derrubar aos poucos do governo do Cavaco Silva, chegando até, nos tempos da "Noite da Má Lingua", entre 1994 e 95, a perguntar qual seria a próxima capa do Independente daquela semana, porque o programa era na quinta à noite, e o jornal saia na sexta. E as suas prosas eram maravilhosas! Anos depois, ele próprio contou, numa entrevista ao Sàbado (creio eu) que ia muitas vezes ao programa da SIC completamente pedrado em cocaina... verdade ou a insana imaginação do MEC a funcionar?
Enfim, a sua ultima crónica no jornal Público fala de bolo-rei, Bimby e Salazar. Vá se saber, fora da mente dele, qual é o seu significado?
1 comentário:
Pall Mall
O MEC fez também parte da minha adolescência... mas cansei-me dele rapidamente. É que a dada altura as piadas pareciam forçadas demais e mesmo só para encher chouriços. O livro "o amor é f***" (de que li 3 parágrafos) pareceu-me ser demais. Dito isto, pequei nisso com 18 anos, por isso tinha curiosidade em pegar nele de novo.
Não tinha grande saudade de o ler. Menos ainda da presunção dele em ser meio bife (o que me dava a triste consolação de pensar que o lado bife dele era o que lhe dava a fealdade), que é uma coisa que muito me aborrece. Ele escreve bem, mas... não sei, parece que não enche! É bom, mas não é muito bom.
Tenho saudades dele na noite da má língua. Sobretudo, tenho saudades do programa: do Rui Zink, do Manuel Serrão e a sua gargalhada que enche uma sala e da Júlia Pinheiro com o sorriso equivalente à gargalhada do Manuel Serrão. E não, não falta ninguém de quem eu tenha saudades nesse programa (se bem que gostava de ver o Manuel Serrão a cascar na Rita Blanco).
Mas isso dos vícios, já foi dito várias vezes e pelo próprio. Logo, deve ser verdade. E sinceramente, parecia! Na volta era isso que para mim não batia certo nele!
E as crónicas que já li... não sei, falta-lhes qualquer coisa!
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