quinta-feira, 25 de setembro de 2008

A Longa Marcha espacial chinesa

Depois dos russos e dos americanos, a China coloca homens no espaço desde 2003. Baptizados de "taikonautas", já vão na terceira missão espacial, que começou ontem na base de Jinquan, no noroeste da China. A missão durará alguns dias, e os chineses prevêm para amanhã ou sábado a primeira “caminhada no espaço”, estando o seu regresso marcado para Domingo.




O lançamento da Shenzhou VII (Shenzhou significa Nave Divina), levou centenas de pessoas às imediações do centro espacial de Jinquan, na província rural de Gansu, e colou milhões aos ecrãs da televisão. O Presidente chinês, Hu Jintao, cumprimentou pessoalmente os três astronautas, que envergavam os primeiros fatos espaciais concebidos totalmente na China. “Trata-se de um importante passo em frente para a tecnologia espacial chinesa”, completou Hu.


O programa espacial chinês é ambicioso: depois das primeiras missões tripuladas, a China prevê começar a instalar o primeiro módulo orbital em 2010, ao qual se seguirá um laboratório espacial permanente, ainda sem data marcada. O orçamento desta missão não é revelado, mas o custo de cada viagem tripulada é de 150 milhões de dólares (102 milhões de euros), segundo o Governo chinês.


O lançamento foi previsto desde há muito, mas a altura não podia ser oportuna: na altura em que o país está em plena crise do leite contaminado, este voo poderá devolver (um pouco) o sentimento de orgulho aos chineses. Um estudo de dois oficiais do Exército de Libertação da China, citado pela agência Reuters, referia que uma missão deste tipo “pode unificar o sentimento geral e é uma ferramenta política importante para elevar a moral”. Até ao próximo escândalo...

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