Vejo Formula 1 a sério desde 1982. Em mais de 25 anos de transmissões, vi muita coisa que me alegrou, que me entristeceu, em que me envergonhou. Vi campeões a nascer, vi grandes carambolas, vi conduções magistrais à chuva, vi o dia mais negro do automobilsimo, vi multidões em delírio e em fúria, vi ataques ao "fair-play", tudo isso.
Vi no ecrã pilotos como Alain Prost, Ayrton Senna, Nigel Mansell, Nelson Piquet, Michael Schumacher, Keke Rosberg, Gerhard Berger, Jean Alesi, Jacques Villeneuve, Mika Hakkinen, Heinz-Harald Frentzen, Rubens Barrichello, David Coulthard... a lista é enorme. Vi e torci pelos portugueses que entraram naquele restrito clube: Pedro Lamy, Tiago Monteiro, Pedro Matos Chaves. Mas hoje...
Hoje, vi um piloto, Felipe Massa, ter o título mundial durante dez segundos. Vi alguém a ganhar em casa, a sua casa, perante uma multidão em delírio. E vi também alguém, que considero um génio, a fazer uma corrida calculista, a tentar aguentar-se em pista, a correr por um quinto lugar, e a ser ultrapassado por outro génio da Formula 1, Sebastien Vettel. E a duas curvas do fim, ver Lewis Hamilton a perder um título por uma segunda vez consecutiva. E depois, ver outro piloto, Timo Glock, que tinha feito uma aposta arriscada, correndo com pneus secos numa pista cada vez mais molhada e perder tudo na última volta, a 200 metros da meta.
O campeonato do Mundo de Formula 1, depois de 18 corridas e nove meses, decidiu-se na última volta. Acreditariam numa coisa destas? Eu não! Mas aconteceu.
No final: Parabéns a Lewis Hamilton, pelo título alcançado. Ele merece-o. Também dou os parabéns ao Felipe Massa. Fez de tudo para ganhar aquele título, mas os erros não foram de hoje, já vinham de trás. Então a mangueirada de Singapura...
Foi o melhor final da história da Formula 1, sem dúvida! Agora, que venha 2009.
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